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Foto do escritorCelina Godoy

Lembre desses 5 itens ao fazer um contrato/orçamento

Oi pessoal!


Hoje, trouxe uma lista com 5 itens fundamentais que sempre devem ser abordados e esclarecidos nos contratos e orçamentos que fazemos. Alguns só fui descobrir depois de muito tempo que eu deveria ter estipulado antes de aceitar o trabalho e poderia ter evitado algumas confusões. Confere só:

1- Como, onde e quanto

É importante que você esclareça como, em quê e o quantas vezes a sua arte pode ser usada. Imagina que você é vegana e não quer que seu trabalho seja comercializado em produtos de origem animal porque isso vai contra todo o seu posicionamento e o da sua marca. Você não quer vínculo com marcas que não sejam veganas também. É preciso firmar isso para que o cliente saiba exatamente no que ele poderá aplicar seu trabalho, como ele poderá fazer isso e em quais quantidades (em caso de artes não exclusivas). O mesmo vale pra construção de marca, embalagens e outros tipo de produto. É importante que você estipule se o cliente pode ou não usar sua arte ou parte dela na identidade visual, material de marketing, etc.


2- Por quanto tempo

Você deve estipular por quanto tempo o seu cliente terá direito de uso sobre o seu trabalho. Mesmo que esse tempo seja "pra sempre". Nada pode ficar no ar ou ser livre para interpretações. Então, se você está vendendo uma arte que não é exclusiva, estipule por quanto tempo ela poderá ser usada. Particularmente, hoje, não costumo trabalhar dessa forma (exceto no Patternbank). Quando faço um freela, normalmente vendo o direito total de uso (direito de comercializar) porque não é interessante (pra mim) ter aquela arte "de volta" depois de um tempo. Trabalhos muito específicos são difíceis de ser vendidos de novo e de novo. Diferente do Patternbank em que vendo artes pra várias pessoas e não só exclusivas, porque lá, elas são pensadas para atender mais pessoas e não um briefing hiper específico da demanda de uma única pessoa. Mas, independente da sua escolha, sempre deixe claro se é pra sempre ou não. E se for pra sempre, ou seja, exclusiva, cobre um bom valor porque você só vai receber uma única vez pela venda.


3- Pagamento

Ninguém trabalha de graça, certo? Então, além de não ter medo de cobrar um valor justo pelo seu trabalho, é preciso estipular quando e como os pagamentos serão feitos pelo seu cliente. Atualmente, trabalho da seguinte forma: 60% de entrada e 40% na entrega. Sendo que o meu custo está nos 60% e o lucro nos 40%. Dessa forma, caso o cliente suma ou desista, minhas contas já estão garantidas e estou "apenas" deixando de lucrar, sem ficar no prejuízo. Essa divisão da porcentagem pode ser feita de diversas formas: 50-50, 40-60, etc. Mas é importante que você cobre um sinal do seu cliente. Então, assim que fecho um contrato ou orçamento, só começo a trabalhar quando essa entrada cai na minha conta. E só entrego a versão final do trabalho após o pagamento final. Isso não significa que o cliente não verá como está o trabalho. Vou mostrar mas versões em baixíssima qualidade e/ou em pedaços isolados, etc. E sim, o pagamento final é no dia da entrega mesmo que a entrega seja poucos dias depois. Raramente aceito trabalhos em que o pagamento final é 30 dias ou mais depois da entrega. E, quando aceito, somente o faço por meio de cartão de crédito. Assim, o cliente só será cobrado pela operadora do cartão na data correta mas o dinheiro já estará disponível para que eu faça o saque.

4- Pode e não pode

Esse item está relacionado ao item 1. E como "pode ou não pode", quero dizer a respeito de modificações. Ao vender o direito de uso de uma arte para alguém você permite que ela a modifique? Esclareça: você pode alterar as cores e a escala. Você não pode fazer novas composições ou redistribuição dos elementos de modo a criar uma arte derivada. E por aí vai. Isso pode poupar muita dor de cabeça futura.


5- Portfólio

Apesar do direito de autor continuar sendo seu, ao fazer uma venda do direito de uso, é preciso esclarecer sobre a - possível - inclusão desse trabalho em seu portfólio, redes sociais e afins. Isso é algo que eu sempre descrevo em contratos e orçamentos: "por ventura, esse trabalho poderá entrar para o meu portfólio e redes sociais sem aviso prévio". Mas, claro, a ideia não é comprometer um lançamento, por exemplo. Então sempre complemento com algo como: "Apenas será divulgado e incluído no portfólio e redes sociais após o lançamento oficial do trabalho ou após um período de X tempo". É importante estipular um prazo máximo de espera para colocar no portfólio porque é muito comum que marcas comprem estampas e acabem não usando. E essa espera da sua estampa estar na vitrine para você divulgar, pode acabar sendo eterna se você não estipular uma data limite.


De modo geral, existem vários outros assuntos que são fundamentais que sejam abordados em contratos e orçamentos. Aqui, listei apenas 5 deles deixando de fora temas mais óbvios como prazo de entrega, formato, alterações e etc. De qualquer forma, esclareça tudo que você achar necessário (e até o que parecer óbvio) para que não tenha problema futuramente. E sempre, sempre! conte com o apoio de um profissional para escrever ou revisar seus contratos para que não haja furos.

Deixei algo fora da lista que você acha importante? Comenta aqui em baixo!

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