5 itens indispensáveis em um orçamento
Oi pessoal! Me conta uma coisa: você sente insegurança na hora de passar um orçamento para um cliente? E depois de aprovado, passou por alguma situação em que esqueceu de alguma informação e acabou tendo que fazer um trabalho a mais ou recebendo menos? Eu sei que isso é super comum porque já vacilei muuuuito com isso.
Pensando a respeito dos principais erros que já cometi, listei 5 itens que vão te auxiliar a fazer um orçamento mais completo. Confere só!
1. Validade
Como tudo nessa vida, o seu orçamento precisa ter uma validade. Ao passar o valor do seu trabalho ou serviço a um cliente, você deve delimitar até quando esta oferta será válida. Por dois motivos principais: o primeiro é que você não pode esperar para sempre. Definir um prazo, fará com que seu cliente esteja ciente de até quando ele pode fechar o negócio. Fora que, com um orçamento sem prazo, você corre o risco do cliente aparecer meses depois, num período em que sua agenda está lotada. O segundo motivo é que tudo muda de preço o tempo todo. Dos valores dos seus materiais a água que você bebe. E a tendência é sempre aumentar e não diminuir. Então, não da para deixar um orçamento com uma validade muito longa, porque até lá, muita coisa pode ter mudado de preço e você vai acabar não conseguindo nem cobrir o seu custo.
2. Descritivos e anexos
Uma coisa que eu não fazia nos meus orçamentos era incluir anexos e textos descritivos com o trabalho a ser feito, detalhando absolutamente tudo. É muito comum, quando a gente pensa em orçamento, imaginar um arquivo de uma página só, com uma lista de produtos/serviços e os seus valores. Mas isso não basta. Principalmente quando você presta um serviço (ou vende um produto digital). O orçamento não é um contrato mas você deve colocar o máximo de informações que conseguir. Uma das práticas que adotei, foi anexar ao orçamento as conversas com o cliente (whatsapp ou e-mail) com os trechos em que ele descreve o que quer. Também recomendo que além dos anexos, você faça um resumo do que entendeu da solicitação (do que precisa ser feito) com suas próprias palavras. Assim, se o cliente ver que o que está escrito não bate com o que ele imaginou, você não corre o risco de pegar um daqueles trabalhos intermináveis e cheios de alterações por conta da falha na comunicação. Isso também é uma forma de garantir, lá no final, que você entregou exatamente o que foi pedido.
3. Entrada (sinal)
Depois que decidi cobrar uma entrada antes de iniciar o serviço, nunca tive problema de ficar no prejuízo. Isso porque a gente não está trocando um produto físico alí na hora por uma quantia de dinheiro. Nosso trabalho, provavelmente, será em etapas e poderá levar um certo tempo para ser finalizado. E aqui eu nem estou entrando no mérito de pedir entrada para comprar os materiais para executar o projeto. Podemos falar mais sobre isso em um outro momento. A questão é que você deve pedir um "sinal" para o seu cliente como uma forma de garantia pelo trabalho que você vai executar até o momento da entrega final. Assim, você fica mais segura de trabalhar sem o risco do cliente sumir e você ter perdido tempo (e dinheiro). Aprendi com o eletricista que vem prestar serviços aqui em casa que devemos sempre incluir nossos gastos na entrada e deixar o lucro para o pagamento final. Porque assim, mesmo que o cliente suma, você deixará de lucrar mas não terá prejuízo. Atualmente, cobro 60% na entrada e 40% na entrega.
4. Entrega afetada por alterações extras
Se tem algo que eu aprendi com os clientes mais enrolados foi estipular uma entrega variável. Eu calculo intervalos de tempo entre um envio para aprovação e a resposta do cliente e esse tempo já está incluído no meu prazo de entrega. Normalmente, 24h para cada alteração gratuita que ofereço ao cliente - costumam ser 3, no máximo 4 alterações (basicamente uma por etapa: ilustração, coloração, composição e arte final). Porém, se o cliente demora mais do que 24h, esse tempo será acrescido no prazo de entrega. Não é porque o cliente sumiu e demorou mais que o previsto pra responder que depois euzinha vou ter que sair correndo e atropelando tudo para entregar na data combinada.
5. Valores extras por alteração
Como falei no tópico anterior, costumo oferecer gratuitamente aos clientes de 3 a 4 alterações. Isso porque sei que é comum, ao ver uma etapa pronta, querer mudar alguma coisinha. Porém, também é muito comum que os clientes queiram ficar testando diversas opções para o resultado final. Milhões de alterações relacionadas a cor, remove, inclui elemento, etc, etc. E isso precisa ter um limite. A melhor forma de impor um limite é cobrando. Eu cobro por volta de 20% do valor do orçamento por alteração extra. Importante: alteração extra não são apenas as que vão além das que eu estipulei, mas também podem ser consideradas assim quando o cliente me pede uma alteração lá na frente de algo que já foi previamente aprovado. E por fim, aprenda a dizer não. Se você acredita que já fez exatamente o que foi pedido pelo cliente e ainda assim ele insiste em fazer alterações (pagas ou não), saiba que você pode e deve se recusar a fazer e mesmo assim receber pelo trabalho. Afinal, o que você prometeu entregar, você entregou (mas pra isso é necessário fazer uma avaliação honesta do briefing - orçamento/contrato - resultado final. O cliente não gostar do resultado final (mesmo sendo exatamente o que ele pediu) não é culpa sua. Muitas vezes os clientes pedem e insistem em coisas absurdas e só se dão conta do quão ruim ficou lá no final. Daí cabe a você (e isso vem com o tempo e a experiência) dar melhores soluções no momento do briefing - se o cliente insistir, já não é mais um problema seu.
Estou preparando um guia completo sobre orçamento para tirar de uma vez por todas as dúvidas relacionadas ao tema e te auxiliar no momento de enviar os seus valores aos clientes! Inclusive, você pode deixar as suas dúvidas relacionadas ao tema nos comentários. Vou ficar muito feliz em conversar mais sobre o assunto e também entender melhor qual é a sua dificuldade na hora de fazer um orçamento!
Comments